quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Do caduceu ao ADN : mito e realidade

Com bastante anterioridade relativamente à cultura e civilização helénicas, cerca de quarenta séculos antes da Era Actual (EA), o povo sumério escreveu um texto em caracteres pictográficos sobre pequenos rectângulos de argila (caracteres mais tarde transliterados pelos babilónios para caracteres cuneiformes), uma curiosa mitologia sobre a criação do Homem por seres (deuses…) vindos do espaço !

Nenhuma teoria sobre a origem dos sumérios é consensual, embora os dados mais recentes afirmem que não eram semitas nem indo-europeus e que devem ter chegado ao fértil vale entre os rios Tigre e Eufrates, a que posteriormente os gregos denominaram Mesopotâmia, desde o norte, talvez desde a região do Cáucaso.

Refere a mitologia suméria, denominada "Enuma Elish" ("Quando lá no alto…"), que a criação do primeiro Homem ("ser racional") foi o resultado de intervenções (genéticas !) realizadas por "seres vindos do espaço" (annunakis") realizadas sobre hominídeos (sobre o "Homo erectus" ?).

Os sumérios, e posteriormente os babilónios e os assirios, referem um dilúvio, mundialmente referenciado em múltiplos relatos, e uma "nave" (maritima ou… aérea ?) na qual foi preservada a "essência de vida" de animais então viventes sobre a Terra…

O simbolo utilizado pelos sumérios para representar os "deuses médicos" que criaram geneticamente o Homem consistia em duas espirais entrelaçadas…
Que os gregos adoptaram como duas serpentes enroladas em torno a uma vara ; o caduceu ("kerykeion") de Hermes ou de Asclépiós (o Esculapio romano e o Imhotep egipcio), deus da medicina, numa representação somente com uma serpente.
Essa figuração manteve-se, até à actualidade, e o caduceu (com duas serpentes), continua a ser simbolo da medicina !
Curiosamente, a representação suméria dos "deuses médicos" que criaram geneticamente o Homem, é a forma do ADN.
Simples coincidência ?

Da mitologia suméria/babilónica, através da versão que conheceram aquando do "cativeiro da Babilónia" (exilio imposto pelos assirios ao povo do reino de Judah), os hebreus retiraram os elementos em que basearam o "Bereshit, 1º livro da "Torah" ("Lei"), obra que reune os cinco primeiros livros da "Tanakh", designada pelos cristãos como Biblia Hebraica.

Para os cristãos, a "Tanakh" é o Antigo Testamento, a "Torah" designa-se como "Pentateuco" e o "Bereshit" corresponde ao "Génese".
"Bereshit" e "Génese" são pois, duas versões conceptualmente semelhantes ao texto babilónico reproduzido desde o original sumério do "Enuma Elish".
Assim se originaram os textos "sagrados" de duas importantes doutrinas religiosas (judaísmo e cristianismo), que são fundamento de uma terceira doutrina monoteista, o islamismo.

Sobre a "criação" do Universo, refere a mitologia grega, também baseada em textos sumérios, através de uma cosmogonia do século VI EP, que no espaço vazio (Khaos) o Tempo gerou um ovo (Kosmos) que, ao romper-se pela metade, originou o Céu (Uranos) na sua parte superior, e a Terra (Gea ou Gaia) na parte inferior.
A partir desse momento, por partenogénese ou por copulação, desde a "1ª geração de deuses" foram surgindo sucessivamente os "titans", os "gigantes" e a "2ª geração de deuses", os do Olimpo (monte no norte da Grécia onde a mitologia localiza a residência de 12 deuses).
Outras mitologias de origem europeia (escandinava, germana, eslava ou celta) igualmente se assemelham à mitologia grega, e à sua predecessora suméria.

3 comentários:

Nuno Adão disse...

Caro António Lugano, ao contrário do que diz a filosofia positivista, a mitologia acenta em verdades que agora, começam a ser desvendadas...A analogia caduceu adn não é com certeza fortuíta...

Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro António_Lugano.
Em 1ºlugar gostaria de o felicitar pelo seu excelente blogue Nacionalista. No entanto, as suas posições anti-sionistas primárias são idênticas aos dos nacionais-socialistas.
Será uma mera convergência de opiniões?
Qual a sua opinião sobre o nacional-socialismo?

muito obrigado pela atenção

Belém

Anónimo disse...

austen henry layard