Estado protector…
Segundo uma ingénua literatura, o Estado nasce com a finalidade de cuidar os individuos protegendo-os de qualquer agressão (física ou intelectual), obtendo para isso a exclusividade de actuar com violência, sempre que considere necessário preservar as pessoas de alguma violação aos seus direitos.
Na realidade, com o argumento de proteger os individuos da violência, o Estado (ou seja, a oligarquia) converteu-se no maior agressor qua jamais existiu, transmutando em beneficio próprio, e institucionalizando, um poder de constrangimento exageradamente inadequado ao eventual perigo.
Para que essa inadequação não seja demasiado evidente, e para manter uma manipulação pelo medo, facilita desmandos que mantém estratégicamente controlados, caso evidente nas revoltas das "banlieue" francesas, ou criando um terrorismo próprio, como o de al-Qaeda e consortes!
A litania de que o Estado deve adquirir todos os direitos, sempre que declare actuar na defesa de supostos perigos, para o bem-estar dos eleitores (na realidade dele mesmo), justifica despesas incontroladas e abuso de poder.
Dizia Séneca que a arte da tirania é impor o poder pela justiça (pelas leis) e não pelas baionetas !
Com efeito, a tão apregoada "independência" da justiça reside nas leis, legisladas pela oligarquia, e aceites credulamente pelos individuos que, de outra forma, reagiriam às baionetas.
A oligarquia tem a sua própria agenda, na qual o eleitor somente figura como fonte de financiamento.
Todo o envolvente são estratagemas para submeter o manipulado pagador de impostos que, credulamente, se mostra agradecido, numa transcendente aceitação de servidão voluntária, contra a qual, já no século XVI, prevenia Etienne de La Boëtie.
3 comentários:
Um autor bem tirado.
Boa semana e um abraço.
Caro António Lugano, tomei a liberdade de escrever sobre este texto...
Cumprimentos
para
Opintas/Bernardo Kolbl
Obrigado pela atenção.
para
Thoth
Grato pelo apreço e... disponha sempre.
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