sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Nacionalismo !

Conceito
Teoria
Organização
(4/4)

4. Fundamento Conceptual do Nacionalismo

Insistimos em que o trabalho inicial dos nacionalistas é determinar o fundamento conceptual do nacionalismo que provém de nós mesmo, como povo.
Várias áreas devem ser estudadas para que, a partir de conceitos claros e esclarecidos, se possa desenvolver uma "teorização política", uma proposta de organização que nos enquadre como fenómeno nacionalista e nos permita transparecer como Nação.

A História deve ser interpretada como instrumento de aprendizagem que os nossos ancestros nos deixaram, não como um acumular de lendas, de glosas míticas, de milagres fundacionais ou de acasos proféticos.
Uma Nação não nasce por decreto, nem por bula papal !
Uma Nação é "um todo coeso", um laço cultural expresso por um povo num contexto territorial.

Que referência cultural se pode deduzir quando se divaga entre as mais variadas concepções de ética, de estética e de religiosidade ?
A que Nação se reporta quem devaneia entre conceitos de "território como parte da Nação" e "território como constituinte de um país" ?
Como seria interessante que, quem se pretende nacionalista, tivesse a consciência de que denominar uma "população" como "povo" não passa de uma afirmação manipulada (ou manipuladora), mas que não altera uma virgula à realidade, à distinção étnica e etológica existente sobre o terreno !

Que pretendemos ?
Fundamentar o conceito "nacionalista" e tentar viver nele e com ele, numa simbiose conseguida, ou continuar a discutir virtualidades, como se estivessemos a dialogar com o coelho de Alice no outro lado do espelho ?

Nacionalismo é a defesa de uma identidade nacional, é um conceito étnico-cultural que pretendemos se expresse através de uma "teoria política" que devemos formular, adequando a sua formatação à realidade que somos e ao futuro que pretendemos.

É desde a Nação que deveremos pensar a Europa. Não o contrário !

Tenhamos sempre presente as palavras que proferiu, na defesa do "seu" globalismo, o barão Edmond Rothschild à revista "Entreprise", em 18 de Julho de 1970, sobre a constituição do Mercado Comum Europeu, fase que precedeu a actual União Europeia :
"… (como condição) a estrutura que deve desaparecer, o ferrolho que deve saltar, é a nação" !

Sejamos conscientes do enfrentamento entre o nacionalismo, que é garante da identidade de cada povo, e a miscigenação mundialista expressa pelo sistema liberal-marxista, aparentemente contraditório, cujo objectivo é o total desenraizamento cultural dos povos e a criação de um governo mundial.

Cremos firmemente que, para um futuro consequente, o trabalho dos nacionalistas (em cada Nação) deveria percorrer três etapas fundacionais (eventualmente subdivididas) :
1. Significação Conceptual
- conceitos filosóficos
2. Teorização Política
- estrutura do Estado
3. Organização e Actuação
- prospectiva

Com um razoável consenso nestas premissas, as nações europeias poderão "formatar" uma Europa Identitária !
Senão, o nacionalismo continuará a ser, para uns, um exercício intelectual, para alguns, um passatempo e, para outros… uma actividade (consciente ou não) que provocará o esvaecimento do "ferrolho" designado por Edmond Rothschild !

Despertemos a cultura imanente em cada Nação, interliguemos os conceitos e avancemos no caminho da Europa Identitária…

Como diz o poeta :
"… o caminho faz-se andando !".
.

2 comentários:

Anónimo disse...

Claro que não é só a bula papal que faz uma nação, mais foi com o apoio do Vaticano que o rei D.Afonso Henriques salvou a independia de Portugal e expulsou os ocupantes muçulmanos.

Paullus disse...

Desculpe, mas nunca li tanta besteira junto... sem ofenças, mas devo explanar que este texto não se baseia em nada que não seja puramente "ideológico" e possua "zero" de desenvolvimento em pesquisa científica dentro da História. Como se define "o q é nação?" Será que são "apenas" as "igualdades" que constitui a sua soberania ou será que as diferenças policulturais também contribuem para a formação da mesma, quando parte do princípio que se busca, também, é a identidade na diferença estabelecida nos seus concidadãos, que por sua vez constiui aquele q é você mesmo? Será que os "Tapajós", "Tupinambás" e "Ianomamis" não são de "nacionalidade" brasileira porque não falam português ou porque moram na mata? Sugiro, talvez, a leitura do livro "Nação e Consciência Nacional" de Benedit Anderson, para que se abra o leque dos conhecimentos sobre o tema e assim, contribuir para acabar com reprodução de discursinhos vazio de conteúdo e rico em retórica eloquente que, facilmente nos levam / tendencionam a um "nacionalismo de extrema direita" (vulgo nAZI$MO), "a manifestação mais extrema do $i$tema capitali$ta quando se busca o ideal - o homem ideal, o individualismo"... É absolutamente ridículo citar um trecho banal de Edmond Rothschild de 1970 (13 palavras, contando com artigos e preposições pra fazer número!!!!), produzido há 40 anos, com o intúito de explicar / defender o conceito de "nacionalismo"... tem que se ter o mínimo de dicernimento e versatilidade para tentar entender o que era o mundo na década de 70, seus problemas, sua mentalidade, seus valores, seu mercado, para não escrever besteiras ideológicas... Aliás, o que seria esse tal "liberal-marxista" escrito no texto??? Marx, evidentemente, analisando hoje, percebemos que seu ideal profético do comunismo não se estabeleceu, bem como podemos interpretar que tenha se equivocado também em outros pontos de suas obras, tal como, por exemplo, "achar que a Inglaterra seria o berço da revolução proletariada". Entretanto, sua leitura acerca do capitali$mo continua INTACTA até hoje. E o liberalismo... oras, melhor se ler A. Comtè, Adam Smith, Locke, Weber, ou, até mesmo, M. Dobb... a partir daí, quem sabe, poder produzir um artigo melhor. Desculpe a sinceridade, não tenho aqui a menor intenção de ofender, no máximo, alertar, de que infelizmente o texto mencionado não se sustenta como História e/ou ciencia. Talvez, com muito esforço, e esquecendo até mesmo o antagonismo de Campbell e Barthes, poderemos chamar isto de "mito".
abraços