quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Perspectiva (II)


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pensamento
e raciocínio…

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O "Homo erectus" (seguimos a taxionomia de Von Liné), foi uma "produção" que vingou, assim como outras não sobreviveram (e.g. "Homo neanderthalensis"…), e a grande incógnita reside no facto da racionalização das suas funções cerebrais que o transformou em "Homo sapiens" !
Tenhamos presente que existem vestigios na Tailândia do "Homo erectus" datados com cerca de 20 milhões de anos… o que demonstraria (se necessário fosse) que o "berço africano", anunciado pelo "Out-of-Africa", é uma teoria política, não uma teoria ciêntifica !

A grande interrogação que se nos depara concirna o "como e porquê" um cérebro existente há milhões de anos, num relativamente curto periodo, permite ao "lascador de pedras" inventar ferramentas decisivas como o arado e o martelo (ainda hoje utilizados), domesticar animais, tornar-se agricultor, desenvolver uma linguagem e uma escrita e conceber abstracções…
Dizem os sumérios, através de um dos mais antigos textos cuneiformes conhecidos ("Enuma Elish…") que foi obra dos "deuses", uns seres vindos do espaço que alteraram geneticamente um ser elementar ("Homo erectus" ?) obtendo um "ser racional" capaz de lhes servir em determinados objectivos de exploração terrestre.
A partir dos textos sumérios desenvolveram-se diversos conceitos de transcendência divina, cada vez mais distantes do propósito sumério, que estão na origem do judaísmo e seus derivados (cristianismo e islamismo).
Mas, o judaísmo não foi a única interpretação dos testos sumérios, e o "dilúvio", relatado nas peripécias do rei Gilgamesh de Uruk (cidade suméria), aparece igualmente citado nas mais diversas versões desde o Extremo-Oriente às Américas.
A versão original suméria atribui a Ziusudra a façanha que a Tanakh (livro sagrado do judaísmo) imputa a Noé (como obviamente o fazem a Biblia e o Corão)
Não obstante, o "dilúvio", destinado a exterminar o "sapiens" de quem os "deuses" (abandonando a Terra) já podem prescindir, não resultou como pretendido e a espécie humana (com diversas variantes - raças) sobreviveu e foi desenvolvendo os seus processos de raciocinio, agora não dependentes de um qualquer controlo ou manipulação dos "mestres" ("deuses").

O "Homo sapiens", para uns o Adamu acádico (Adam em hebreu), feito de argila e activado por um sopro divino, para outros, um descendente de macacóides africanos, e ainda para outros, fruto de uma experiência genética levada a efeito por extra-terrestres…
Realidade, fantasia, crença… Se o "sopro divino" nos coloca a nivel da metáfora, da parábola e da crença, a origem macacóide transporta-nos para a ficção politico-ciêntifica, para a época em que a maçónica Royal Society of London, da qual Darwin era "felow", pretendia encontrar uma "teoria ciêntifica" com que combater o "criacionismo" defendido pelo cristianismo.
A intervenção alógena não será certamente a única alternativa às duas anteriores, mas é uma alternativa !
Não uma alternativa folclórica, mas proveniente da cultura e civilização suméria, não indo-europeia nem semita, chegada (sem origem conhecida) à Mesopotâmia, entre povos nómadas, há cerca de 6000 anos, e possuidora de conhecimentos de matemática (sistema sexagesimal), de astronomia (conheciam os principais planetas do sistema Solar), técnicas de construção (o "zigurat" de "Etemenanki" atingia cerca de 90 metros de altura por 90 metros de base quadrada), organização social, etc, que surpreendem especialistas como o historiador russo Zecharia Sitchin (1922-), talvez quem melhor conhece a Suméria, o antropólogo Joseph Campbell (1904-1987), autor de "The Masks of God", Pierre Amiet, orientalista e conservador do departamento de "Antiguidades Orientais" do museu do Louvre, o arqueólogo Prof. Henri Frankfort (1897-1954) autor de "Ancient Egyptian Religion", etc…

Os processos de raciocinio do "ser humano" ("Homo sapiens") evoluiram primeiramente como "raciocínio crédulo", supersticioso e temeroso (o que melhor se presta à manipulação), progressivamente demonstrando curiosidade pelo desconhecido, curiosidade que gradualmente, e de forma selectiva, foi evoluindo lentamente para formas de dúvida que exigiam explicações complexas ; o "raciocínio critico" afirmava-se !
Paralelamente, na vivência comunitária, o "ser humano" mantinha intacta a sua tendência instintiva de sobrevivência e reprodução, que manifestava através do egoismo, da violência e da busca do prazer.
Hedonista, crédulo, por vezes curioso, mas sempre "Homem lobo do Homem" ("Homo homini lupus", locução de Titus Maccius Plautus : 254-184 EP) !

Se o "raciocínio crédulo" fundamenta as crenças, a transcendente desde a interpretação judaica das revelações sumério-babilónicas ou a imanente desde as mitologias europeias, indo-europeias e ameríndias, o "raciocínio critico" (muito posterior) é inerente a uma tentativa de interpretação racional da cosmogonia mitológica, um intento que permite transpor o razoamento da simples e passiva curiosidade à formulação activa da dúvida.
Não obstante Carolus Linnaeus (Carl von Liné : 1707-1778). ter brindado a nossa espécie com a denominação de "sapiens", essa circunstância não faz de nós "sophos" ("sábios"), e tão somente, pela aplicação do "raciocínio critico", uns humildes "amigos do saber" ("philos sophos").

Para Dylan Evans da Universidade de West of England (Bristol) as decisões, todas as decisões, são emocionais, pois, na consecução de um raciocinio, a decisão é sempre emocional.
"A presença das emoções é bipolar : estão no inicio e no fim de todos os projectos humanos", como afirma Eduardo Punset in "El viaje a la Felicidad - Las nuevas claves científicas" (2005).

continua

1 comentário:

Anónimo disse...

27 de febrero de 1982: la atlántida, érase una vez el espacio: pedrito y piet, jefe de policía del mar, bucean en las profundidades marinas encontrándose a unos extraños seres. Según el relato de Piet, estos seres podrían ser los sabios que huyeron de la atlántida antes de su destrucción.