domingo, 16 de setembro de 2007

Mensagem !


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acção política
desde a "sociedade civil"

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Temos repetido que "Cultura é Poder", que é a compreensão filosófica da vivência em que estamos imersos e a alavanca que nos poderá catapultar para possíveis situações de renascimento politico.
Se analisarmos os vários componentes da sociedade em que estamos imersos, constataremos que a "acção política desde as instituições politicas" está sob controlo dos funcionários políticos que nos impõem um cenário ideológico redutor e intolerante, em que os "partidos políticos" actuam como desmotivadores de qualquer reflexão critica.

Pretender actuar desde a "jaula política" em que nos encerraram é uma obviedade quimérica, é dar voltas (como o "hamster") sem nada avançar.

Devemos concretizar a "acção política desde a sociedade civil", em debate frontal contra a manipulação do ensino e da informação, contra os actos de subordinação da oligarquia local perante os cripto-poderes mundialistas, contra o suborno e a corrupção, contra a inépcia e a incompetência, tendo presente que os "partidos políticos" são o verso multifacetado da moeda cuja face é o Estado…

Um cripto-poder, constituido pelos mais poderosos meios financeiros mundiais, decidiu converter o planeta numa propriedade privada e os seus habitantes em servos, em servos voluntários, como bem descreveu Etienne de La Boëtie (1530-1563), um estimado amigo de Montaigne, em "Discours de la servitude volontaire",
Com efeito, a servidão nem sempre é uma situação forçada (como a escravatura), nem uma imposição violenta, mas pode ser uma aceitação voluntária (embora por vezes "não-consciente") que conduz La Boëtie a colocar a pergunta : "porquê obedecemos ?".

Transposta a "servidão voluntária" à actualidade, obedecemos porque atribuimos ao "poder politico" um grau de legitimidade que ele não tem…
Esquecemos (ou não queremos lembrar) que os funcionários de um Estado ocupam essas funções porque são por nós mandatados para exercer as competências que lhes conferimos. Se têm poder é porque o povo lho confere !
É tempo de lhes fazermos entender que a função pela qual lhes pagamos não se reduz a férias em estâncias de luxo, deslocar-se em "limousines" e arvorar um ar de sobranceria e enfado.

São funcionários de um Estado pago com o dinheiro dos impostos de todos nós.
Para quando uma inquirição à fortuna acumulada por muitos "políticos" ?
Quanto custa ao povo português sustentar as reformas e pensões "douradas" de toda uma "fauna política" que algum dia se aproximou da mesa do orçamento ?

Não existe nenhum determinismo politico, e menos ainda histórico, que imponha o comportamento servil que diariamente observamos na sociedade que nos envolve, e para deixar de ser servo voluntário é suficiente agir em consequência, começando por exigir responsabilidades aos que aceitaram representar-nos no "pelouro politico".

Compreendamos que os políticos funcionam em circuito fechado "fabricando leis" que lhes permitem manter o poder, e com ele servir-se e a quem a ele lhes deu acesso.

Os funcionários do regime politico que suportamos, actuam como borboletas encandeadas, seguindo as normas de destruição identitária que lhe são ditadas pelo "cripto-poder", pelo "sistema politico global", sem se aperceberem que, como parasitas que são, desapareceram em simultâneo com o corpo parasitado.

Quanto a nós, "eleitores-pagadores de impostos", até quando continuaremos a avançar, como "lemmings", para o precipicio a que nos conduz a política suicidária dos funcionários a quem atribuimos poderes políticos ?

A deficiente educação, a promoção de vicios, a miscigenação que nos impõem, tudo coincide em transformar-nos em idiotas consumidores, em objectos de gozo, em formigas construtoras, para satisfação e desfrute de uma "corja política" e sua envolvente financeira !

É nosso convencimento de que, desde o "sistema politico", existe uma manipulação psicológica para que socialmente se imponha um comportamento generalizado de "servo voluntário", para o que colabora a imposição de cenários hedónicos de consumismo compulsivo, as modas de disfuncionalidade ética, os comportamentos sexuais aberrantes… A ignorância e a idiotia fazem o resto !

O desmantelamento do "regime politico" democrático (demagogo na forma e intolerante no conteúdo) somente poderá processar-se desde a "sociedade civil", pois a "jaula política" está bem aferrolhada e não permitirá nunca veleidades que o ponham em causa, mesmo que se façam eleições semanais ou mudança de governo cada 24 horas.

Se não compreendemos que o "regime democrático" é essencialmente demagogo, justificando-se na manutenção de uma corja política profissionalizada apoiada numa burguesia parola, numa massa de Gouvarinhos tão bem retratada pelo Eça… se não compreendemos a falácia que nos impõem, o "regime em funções" terá longa vida, e os funcionários da política muitas oportunidades de enriquecer à custa dos "eleitores-pagadores de impostos".

4 comentários:

Nuno Adão disse...

O que as férias não fazem...

É preciso tirar cópias deste texto, e divulgá-lo na república dos tugas, para ver se ainda vamos a tempo de lhes pôr alguma coisa no caco!

Parabéns, e cumprimentos

Anónimo disse...

Como sempre, uma análise impecável. E transparente como água cristalina. Assim todos quantos não alinham com esta política e com o bando de carraças agarradas ao poder que a impõem, os quais não se cansam de sugar o sangue do Povo - e a seiva da Nação - a ponto de o deixar exangue e amorfo, como aliás já há muito se encontra daí a sua falta de forças para sequer se revoltar, o lessem convenientemente, assimilassem o que lhes vai passando sob os olhos e divulgassem com caracter d'urgência o que aqui vem tão brilhantemente expondo, deste modo despertando as consciências que tão adormecidas andam e alertando-os para o abismo sem retorno para onde os políticos os (nos) estão a atirar lentamente com a nossa, consciente ou inconsciente, aprovação.
Parabéns mais uma vez.
Maria

Anónimo disse...

Assim sim!!! Um "desabafo" e uma "chamada de atenção", num só texto. Um excelente 2 em 1!!!

Cumprimentos guerreiros.

Sentinela.

António Lugano disse...

- Maria
- Thoth
- Anónimo

Tentarei corresponder a tanta simpatia.
Com cordialidade
A. Lugano