sexta-feira, 13 de julho de 2007

Coerência etno-cultural

A Nação
na Europa dos Povos


Com a devida vénia, permito-me transcrever alguns parágrafos de um texto publicado pelo blogue "Radio Esparta" (http://radioesparta.blogspot.com) em espanhol (nossa tradução)...
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"O contexto actual oferece-nos novas possibilidades de evidenciar a nossa identidade através da história, recuperando a sua vigência e actualidade como uma realidade viva; porém, para que assim seja, é indispensável uma completa revolução intelectual que organize a população em povo e o caos em cosmos, restaurando os principios imperecíveis da Tradição.
(…)
Uma vez esclarecida a definição vigente de nação, há que establecer a diferença desta com a identidade, entendida não como uma categoria histórica construida "ad hoc" pelo homem, senão como um conceito que se situa no plano das realidades vivas dos povos.
(…)
A identidade não é aquilo que define um povo, mas é esse povo em si, com tudo quanto o faz ser particular e diferente de qualquer outro, compreendendo os rasgos culturais, étnicos, religiosos, linguísticos, etc...
A identidade não se adquire, é uma herança do passado que projectando-se no futuro assume actualidade no presente."
(…)
"Radio Esparta" em 10 de Abril de 2007
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comentário
Este texto vêm ao encontro do que aqui temos escrito.
Congratulo-me com a evidência de que, para chegar a uma Europa diferente daquela que nos impingem os "mercaderes" de Bruxelas, é fundamental partir do conceito de Nação como estrutura base do projecto.

Não é aceitável uma proposta de construção europeia sem a preocupação constante pelo conteúdo cultural dessa Europa !

Seremos tão ingénuos que vamos acreditar na possibilidade de edificar uma Europa diferente, partindo dos países e das populações que por aí continuam, credulamente vergadas pela manipulação do "sistema politico" ?

(…) "é indispensável uma completa revolução intelectual que organize a população em povo e o caos em cosmos, restaurando os principios imperecíveis da Tradição." (in "Radio Esparta")

"Numa civilização cada vez mais cosmopolita, sempre mais igualitária, e portanto mais anónima, é inevitável e mesmo desejável que se formem pontos de resistência local e que se espalhe pouco a pouco a ideia de uma Europa das Regiões." (in R.Herle "Éléments" 9-75).

É fundamental, para se alcançar uma Europa verdadeiramente europeia, e não um "ersatz" norte-americano ("o exemplo a evitar" por paradigma), que a cultura popular seja preservada.
Para isso, é imprescindível acções imediatas em defesa das unidades de coerência etno-cultural, das verdadeiras "nações", que em caso algum podem (ou devem) ser confundidas com as "nações-país" artificialmente criadas.

"A centralisação iniciada pela Monarquia, e continuada pela República, fez-se em prejuizo das regiões o que provocou o seu empobrecimento cultural e humano." (in R.Herle "Éléments" 9-75).

Um modelo para a Europa como o proposto em http://ofogodavontade.wordpress.com (03 Maio 2007):
"… modelo confederal e descentralizado assente em principios de subsidiariedade e num pilar identitário de defesa e preservação dos povos ou comunidades tradicionais da Europa…"
é, na nossa perspectiva, perfeitamente aceitável, diria mesmo desejável sempre que fundamentado nas unidades de coerência etno-cultural existentes no interior de cada País.

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