quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Compreender o Nacionalismo

Cultura é Poder !

Dentro da "falácia maior" que constitui a denominada "democracia", giram como átomos tontos os constituintes de uma "falácia menor", dois termos de significado politicamente variável : "direita" e "esquerda" !

No mundo real dos sentidos, todo e qualquer objecto está situado à esquerda de ... e à direita de ... . É a circunstância do existir, do estar !
Porém, na galáxia virtual da política, o sentido das coisas é outro, e a sua variabilidade, inconstância e oportunismo são um dado adquirido.

Foram os politicos da Assembleia Francesa, nos tempestuosos tempos que precederam uma das maiores barbaridades (no conceito e nos factos) da História desta sofredora Europa, que optaram por designar como "direita" quem nessa Assembleia se sentava à direita do rei, e como "esquerda" quem se sentava à sua esquerda. "Elemental, my dear Watson", diria Sherlock Holmes !

À esquerda, eles, os "bons", os justos e salvadores ; à direita os adversários (inimigos) dos "bons" !
A partir de aí, os jacobinos, todos os jacobinos, do anarquismo bombástico ao bolchevismo marxista, passando por movimentos revolucionários e seus sucedáneos… tudo é esquerda. Esquerda, por paradigma, soterológica, progressista e messiânica.
Quanto à direita, toda a restante panóplia política, é lançada para o caldeiro comum, para um imenso refogado apelidado de "reacção" e, mais tarde, demonizada como "fascista", o que é considerado, pelos jacobinos, o insulto por excelência ! Todo e tudo considerado como contrário ao catecismo jacobino… é fascista. Simples e eficaz em termos propagandísticos… e também demonstrativo do grau de indigência intelectual das "massas" concordantes !

Referimo-nos à "revolução francesa", anunciadamente libertadora e cripto-maçónica, que dizem de 1789, mas que somente atingiu a "velocidade de cruzeiro" a partir de 25 de Abril de 1792 quando, pelo menos oficialmente, vai funcionar pela primeira vez uma "máquina de amputar cabeças" concebida pelos drs Joseph Guillotin e Antoine Louis.
O mecanismo, o maior sucesso tecnológico da época, foi inicialmente denominado como 'Louison" ou "Louisette", mas rapidamente adquiriu o nome de "guillotine", apesar de que o povo conhecia a máquina por "la veuve" ("a viúva").

Curiosamente, e sem qualquer relacionamento, os franco-maçãos dizem-se "Filhos da Viúva" ("Enfants de la Veuve"), pois identificam-se com o personagem bíblico Hiram (ou Hyram), mestre arquitecto do mitológico Templo de Salomão e filho de uma viúva da tribo israelita de Nephtali de Tyr (Sor).

Mas, regressando à "revolução francesa" e aos seus exímios cortadores de cabeças, talvez por "hábito compulsivo", a verdade é que o próprio Maximilien de Robespierre, um iluminado por excelência, também conheceu no seu revolucionário pescoço o aço frio da "guilhotina".
Ele, um ex-montanhês (partido dos "montagnard") passado aos jacobinos e "chefe omnipotente" do periodo conhecido como "Terror", foi como tantos outros revolucionários, fagocitado pela "sua" revolução !
"Não se fazem omeletas sem partir ovos", soía dizer o senhor Maximilien. E demonstrou-o !

Durante o "Terror", de Setembro de 1793 a Julho de 1794, cerca de 50 guilhotinas funcionaram por toda a França e aproximadamente 20 000 pessoas foram executadas.
Obviamente, tão democrático invento foi igualmente experimentado no seu inventor, o piedoso dr Guillotin !

Mas, o messianismo da "esquerda" não se deixa impressionar por tão insignificantes acontecimentos e, no século seguinte, aí tinhamos resplandecente e excelso um tal Karl Heinrich Mordechai Marx, neto e bisneto de rabinos, a quem a familia Rothschild (judeus Khazar) convidou a Londres para, acompanhado pelo seu alter-ego Engels, escrever uma espécie de estatutos de um agrupamento maçónico denominado "Liga dos Justos" (ou "Liga dos Comunistas").
Marx e, evidentemente, Engels lá se dedicaram à obra, baseando-se num texto de um grande amigo da familia Rothschild, o senhor Adam Weishaupt, ex-jesuita, fundador em 1 de Maio de 1776 da famosa seita dos "Iluminados da Baviera" ("Die Illuminaten in Bayern"), cuja finalidade declarada era establecer um "Novus Ordo Saeclorum", uma Nova Ordem Mundial (governo mundial).
O texto final, com adaptações circunstanciais, acaba por ser publicado, e largamento publicitado (ter banqueiros no seu circulo de amigos sempre ajuda…) em 1848 sob a denominação de “Manifesto Comunista” (mais tarde "Manifesto do Partido Comunista"), difundido anonimamente e em edições posteriores com os nomes dos dois redactores.

Abrimos aquí um parêntesis para esclarecer três pontos :
1.
A “Liga dos Justos”, a que em Londres se afiliaram Marx e Engels, estava relacionada com os "Iluminados da Baviera", que em 16 de Julho de 1782 tinha assinado o "Pacto de Wilhelmsbad", o qual associava as "lojas" maçónicas da época.
2.
O famoso apelo, "Proletários de todos os países, uni-vos", havia sido adoptado pela "Liga dos Comunistas" vários meses antes da publicação do "Manifesto".
3.
A "Liga Comunista", fundamentada num humanismo maçónico muito em voga na época, foi fundada por trabalhadores alemães em Paris em 1836, e seguia uma utopia do tipo socialismo-cristão segundo a teoria comunista de François-Noël "Gracchus" Babeuf (1760-1797).

Assim que, numa aproximação abrangente, a "esquerda" jacobina fez-se comunista, humanista e maçónica, assumindo-se, posteriormente, como marxista, ou seja, proletariamente messiânica.
Uma soterologia que se pretendia "libertadora", não pela transformação do "trabalho" ("tripolium") - tarefa de produção com finalidade lucrativa - em "labor" - tarefa necessária à satisfação da comunidade - , mas pela alteração da redestribuição do "lucro" ("plus-value") produzido na realização nas citadas tarefas produtivas com objectivo mercantil.
Se no capitalismo liberal de Adam Smith a acumulação da riqueza se concentrava nas mãos de individuos e de instituições usurárias privadas (bancos), no capitalismo marxista a riqueza seria acumulada por organizações de Estado do tipo "Gosbank" (banco governamental soviético) e pelos "aparatchiks" (funcionários políticos).
Tenhamos presente que a organização de actividades com finalidade lucrativa (a substituição da economia pela crematística) é um conluio entre "esquerdas - direitas", uma armadilha marxista-liberal para transformar o "homem livre" em "servo voluntário" !

Como constatamos, se "esquerda" nos aparece minimamente auto-definida através do seu projecto redutoramente dirigido à produção de bens e à sua negociação a favor de um Estado omnipresente, a denominada "direita" é… o que resta em termos de acção política, mas igualmente determinada em utilizar o individuo como factor de enriquecimento de oligarquias.

A social-democracia, uma das máscaras da esquerda socialista, designada pelo bolchevique Lenine como "ante-câmara do comunismo", é colocada nas prateleiras da "direita", entre a "democracia cristã" e o "populismo liberal". Um problema de etiquetagem, mais que uma diferenciação de objectivos !

A rapaziada que escrevinha, ou palra, nos meios de propaganda do Sistema, confunde na mesma denominação "de direita", tanto o partido israelita "Likud" (judaísmo fundamentalista) como o alemão "NSDAP" ("Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei") o que, além de amálgama politico, é demonstrativo de uma categórica imbecilidade !

Digamos que, o "esquerda - direita" é mais um produto de arremesso dos jacobinos, socializantes e marxizantes, destinado a confundir quem não aceita a sua cartilha e a vulgarizar (no sentido pejurativo) qualquer opção diferenciada.

O nacionalismo é tradicionalista (tradição é cultura), e não participa, não aceita, recusa, essa taxonomia política de "esquerdas e direitas" por redutora, falaciosa, capciosa e provocadora.
É, para nós, tão incoerente a companhia política dos marxistas como dos liberais, aliás bem próximos na "sopa de pedra" que consitui o "politicamente correcto".

Somos conscientes de que as "esquerdas - direitas", clientela assumida do ardiloso sistema politico denominado "democracia", se auto-apelidam diversamente para aparenter soluções diferenciadas (democracia-cristã, social-democracia, socialismo, comunismo …), enquanto na realidade servem os interesses de uma mesma oligarquia obsequiosa com o poder financeiro internacional, decidido a transformar a Europa num pântano de miscigenação onde possam chafurdar impunemente a usura e o lucro fácil do negócio obsceno, objectivo fundacional dos mercaderes que são.

Europa, converteu-se num pátio de "inocentes crédulos" que, paradoxalmente, creem em qualquer coisa, desde o iminente desastre climático à "aliança de civilizações", passando pelo temor a uma "al-Qaeda" demoniacamente dirigida desde uma gruta no Afeganistão !

O "politicamente correcto" gerou uma cultura hedonista do "aquí e agora" e apagou da mente colectiva dos europeus conceitos como o sacrificio pessoal, a responsabilidade por acções políticas e o respeito à familia e à procriação.
A Europa morre de velhice… e de medo !

Os nacionalistas somos desqualificados pelo Sistema que nos demoniza, pretendendo colar-nos um rabo pontiagudo, colocar-nos um tridente nas mãos e fazer crer que cheiramos a enxofre !
Afirmam que o nosso destino são as chamas do inferno. Torquemada não diria melhor !

Na verdade, somos "uns realistas com principios e tradições" e nunca conseguirão fazer de nós medrosos perante a "burka" ou o "turbante", nem nos transformarão em plateia néscia perante a corrupção ou o "orgulho gay".

Consideramos dever preservar, incluso expandir, os principios que garantem a dignidade da pessoa, a libertade do individuo e a sua ânsia em melhorar e prosperar, a sua responsabilidade social e política, a sua obrigação em comportar-se éticamente.

Os celtas gauleses somente temiam que o céu lhes caísse sobre a cabeça ; nós só temos a temer a nossa "debilidade fundacional".
Afastar esse "propósito de fraqueza" deverá ser o nosso combate primordial.

É imprescindível compreender que uma Nação não surge de um desejo, mas sim de uma realidade, e a nossa realidade nacionalista fundamenta-se numa cultura, como projecção étnica assente num território.

Uma Europa forte, coesa e consciente da sua cultura como paradigma, deverá ser o nosso objectivo, mas comecemos por construir essa Europa desde a familia, desde a comunidade, desde a região, desde as particularidades culturais que determinam a nossa tradição e que por ela se significam.

Que a árvore não nos esconda o bosque, que não se pretenda partir da idealização de uma Nação que não corresponde à realidade, pois essa via nunca nos levará a uma Europa dos povos, mas sim a mais uma oligarquia que pretenderá interpretar uma realidade… através do espelho deformante do desejo assumido como realidade.
Não acumulemos mais erros históricos, e não concebamos uma Nova Europa que vai surgir porque assim o desejamos, construida sobre hipóteses e quimeras, nascendo da escuma como Vénus, e ao som da música das esferas.

Uma Nova Europa nascerá das nações que a constituem, e cada Nação é uma realidade própria gerada por uma afirmação étnica-cultural ; definindo étnico como um sentimento de ascendência comum através da lingua, dos costumes e da História, e significando cultura como conjunto de tradições e sua projecção na vivência quotidiana, não caindo na falácia de confundir povo com população e Nação com País.
Nacionalismo não consiste em alterar o nome às coisas e manter a estrutura da actual sociedade.
Nacionalismo não é restauro, é Renascimento !
É uma nova forma de estar e de ser.

O Sol dá-nos "a claridade do dia" (diew), cuidemos que não nos cegue !
Cultura é Poder !